Discussão:Comando e Controle

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CONCEPÇÃO ESTRATÉGICA DE TRANSFORMAÇÃO (EXTRATO)

1. TRANSFORMAÇÃO a. Concepção Geral A Concepção de Transformação do Exército é o documento orientador do Processo de Transformação do Exército Brasileiro. Para [...] o EB iniciou o seu processo de transformação. Centrado na Força Terrestre, a transformação envolverá todos os sistemas e funções, englobando um conjunto de inovações, com destaque para os seguintes aspectos: [...] 4) Consciência Situacional - adequada aos diferentes escalões de comando, buscando a integração de sistemas de inteligência com as Operações de Informação e as funções de combate, tudo por intermédio da TIC, resultando na capacidade de atuar em rede, com segurança e com processamento adequado da informação, produzindo reflexos amplamente positivos na operacionalidade da Força, seja nas operações conjuntas, seja no ambiente interagências. [...] 6) Doutrina - a doutrina deverá incorporar os conceitos próprios dos conflitos contemporâneos, tais como: espaço de batalha não linear e multidimensional, operações em ambiente conjunto, multinacional ou interagências, no amplo espectro, maior proteção - individual e coletiva - minimização de danos colaterais sobre a população e o meio ambiente. A brigada permanecerá como módulo básico de emprego da F Ter, constituída por elementos de combate, apoio ao combate e apoio logístico. Nem todas as brigadas terão seus sistemas e funções de combate completos, buscando-se manter, no mínimo, suas OM de combate, comunicações e logística. Para essas brigadas será buscada a centralização seletiva das estruturas de apoio, possibilitando que o módulo brigada seja adestrado e empregado dispondo de todos os sistemas.

AS FUNÇÕES DE COMBATE não invalidam os Sistema Operacionais anteriormente vigentes. Eles convivem nos dias atuais, certo? Creio que as funções são executadas pelos sistemas que lhes são correspondentes. Quais seriam estas correspondências? Para sua análise e discussão!



Arquiteturas de concepção do SINFOTER

(BPM CBOK V3.0) Copiei: " 1. Arquitetura de negócio. Identifica e relaciona os componentes-chave de negócio, tais como produtos e serviços, recursos internos, processos de negócio, funções e regras de negócio, indicadores de desempenho de processos e sistemas de informação. Arquitetura de negócio assegura que os componentes-chave estejam interligados de modo que melhor suportem a estratégia de negócio e a entrega de valor para o cliente. 2. Arquitetura de processos. Define processos primários, de suporte e gerenciamento de uma organização, bem como a correlação desses processos a fluxos de trabalho e atividades necessários para a entrega de um produto ou serviço. Também define o inter-relacionamento entre processos e o relacionamento de processos com clientes e partes interessadas. 3. Arquitetura da informação. Identifica e relaciona dados e componentes de informação relevantes para os clientes, parceiros, fornecedores e unidades de negócio. Arquitetura da informação trata o conteúdo e a estrutura de dados e componentes de informação que são criados e transformados através dos diversos processos que compõem a organização. 4. Arquitetura de aplicação. Identifica e relaciona o conjunto de aplicações corporativas e subcomponentes que integram as aplicações individuais para assegurar que sejam escaláveis, confiáveis, disponíveis e gerenciáveis. Arquitetura de aplicação assegura que as diversas aplicações funcionais, automação de fluxos de trabalho e BPMS estejam otimizados para prover suporte à execução de processos de negócio. 5. Arquitetura da infraestrutura tecnológica. Identifica e relaciona a informação e componentes de tecnologia montados para criar serviços centrais de negócio, que são implementados por meio de tecnologia. Especificamente, a arquitetura orientada a serviço assegura que os componentes, tais como web services, aplicações web, bancos de dados, redes, dispositivos de processamento e comunicação estejam otimizados para assegurar disponibilidade dos dados e apropriadamente empacotados para serem consumidos por processos de negócio."

Estudando os Sistemas de sistemas conhecidos: DoDAF e TOGAF9, eles arranjam os atores segundo uma arquitetura que facilita comunicar a estrutura na dimensão informacional e física para compreendermos as perspectivas lógica e cognitiva dos objetos. A bíblia dos PROCESSOS chama-se BPM CBOK v.3 de onde eu copiei os 5 tipos de arquiteturas, sem as quais o SINFOTER deixaria dúvidas quanto à sua composição.

PERGUNTA: Isso é coisa da engenharia de sistemas, ou os comunicantes podem se apropriar dos modelos consagrados para representar a realidade (ontologias) sem reinventar a roda?

Resposta Cap CDS: O TOGAF é um modelo de referência para arquiteturas corporativas. Sendo assim, ele preconiza o envolvimento de toda a organização, a começar com sua gerência. Do meu ponto de vista, não é nem assunto de Engenharia de Sistemas nem de Com.

Se nós focarmos no negócio Operações Terrestres, único processo finalístico da Cadeia de Valor do EB, temos o seguinte: A responsabilidade pela arquitetura de negócio (nível 1) e pela arquitetura de processos (nível 2) seria do ODOp (com participação de elementos de todas as Armas). O DCT possui interesse nessas arquiteturas, mas não possui a competência para interferir em sua elaboração/manutenção.

  A arquitetura de informação (nível 3) me parece ser ainda de responsabilidade do ODOp, mas de forte interesse para o DCT. Acho que é um ponto em que pode haver bastante interação.Texto em itálico
   A arquitetura de aplicação (nível 4) me parece funcionar da maneira oposta: seria de responsabilidade do DCT, mas de forte interesse para o ODOp.
   Por fim, entendo que a arquitetura de infraestrutura tecnológica (nível 5) seria de responsabilidade inteiramente do DCT.

PEDIDO 1: O SINFOTER é um sistema de informação ou um sistema operativo? Ou seja: regido pelo Ciclo OODA ou PDCA?

Resposta Cap CDS: no meu entendimento, é um sistema operativo, transversal aos demais sistemas e apoiado por sistemas de informação. Me parece ser o sistema que apoia as atividades atinentes à Função de Combate C2.


PEDIDO 2: Proponha a identificação da forma que cada arquitetura deve ser mobiliada, a fim de se desenhar o SINFOTER, e discuta com a Div Info Op! P.Ex.: Qual o negócio do SINFOTER? Gerir informações operacionais deve nortear o fluxo de trabalho? O C2 em Cmb é a base da Arq. da aplicação? A EBNet suporta a Arq da Infra Tec? etc.

Resposta Cap CDS: creio que enderecei esses pontos na primeira resposta. Com relação ao C2 Cmb, eu colocaria a Família de Aplicativos de C2 da F Ter (FAC2FTer) como componente da Arquitetura de Aplicação, mas não necessariamente como sua base. No nível tático esses aplicativos funcionarão como espinha dorsal da disseminação de informações, mas nos níveis operacional e estratégico há necessidades distintas e aplicativos mais apropriados para atendê-las. Todos esses aplicativos devem se relacionar para que o SINFOTER opere de forma integrada. De forma análoga, a EBnet é certamente parte da Arq. de Infraestrutura Tecnológica, mas também há os rádios, smartphones, tablets robustecidos e demais ativos computacionais táticos.

"Resposta do Maj Lagares (2ª SCh/EME)": Acredito que a arquitetura do SINFOTER deva levar em consideração o paradigma Guerra de Informação (GI). Sendo o produto da GI a tão falada Superioridade de Informação (conceito que pode ser identificado como sendo a “vantagem operacional derivada da habilidade de coletar, processar, e disseminar um fluxo ininterrupto de informação). Considerando que a Informação só é realmente útil se for disponibilizada oportunamente ao decisor, propus, em minha dissertação de mestrado, um modelo para transformar a Superioridade de Informação em Superioridade de Decisão. Este modelo foi submetido e publicado como artigo na revista Doutrina Militar Terrestre (2018) e no 22th ICCRTS (tendo como coautor o Maj Ricardo do CDS). Ainda que julgue não ser uma realidade absoluta a ser assumida pelo SINFOTER, creio que possa levantar ideias interessantes para as futuras discussões sobre o tema. O modelo pode ser encontrado nas publicações (no 22th ICCRTS está abordado de uma forma mais profunda e técnica) ou no link https://docs.google.com/drawings/d/1MMM_7DuBMXL94ch1-v2XJ2_zNSxGgykmf7cDBlzjupg/edit