15° Regimento de Cavalaria Mecanizado (Escola)

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Estandarte histórico do 15° Regimento de Cavalaria Mecanizado (Escola)

HISTÓRICO DO 15º REGIMENTO DE CAVALARIA MECANIZADO - Escola

No ano de 1942, a história do 15º RC Mec (Es) começou a ser escrita, em plena efervescência da 2ª Guerra Mundial. Originou-se do Esquadrão de Reconhecimento, da Ala Motomecanizada, do 7º Regimento de Cavalaria Divisionário, localizado em Recife (PE), que tinha previsão de emprego no Nordeste do país, face às ameaças do Eixo. Cabe destacar que este Esquadrão era comandado pelo 1° Tenente Plínio Pitaluga, futuro herói da FEB e patrono da Unidade.

   O 7º Regimento de Cavalaria Divisionário foi à primeira Unidade a possuir meios mecanizados, sendo dotado de carros de combate Fiat-Ansaldo, CV 3-35 II, de origem italiana.  

    Os referidos carros eram oriundos do Esquadrão de Autometralhadoras do Centro de Instrução de Motorização e Mecanização (CIMM), primeira subunidade mecanizada do Exército que foi criada em 1938 e que era comandada pelo então Capitão Carlos Flores de Paiva Chaves. Essa subunidade deu origem ao 9° Esquadrão de Cavalaria Mecanizado, Esquadrão Paiva Chaves, que ao ser instinto teve suas tradições incorporadas ao 15º RC Mec (Es).

    Em 1943, com o Decreto-Lei Nº 5.488, de 17 de maio, foi extinta a Ala Motomecanizada, criando-se o 7° Grupo Motomecanizado de Reconhecimento, da 7ª Divisão de Infantaria, no mesmo local, aproveitando o pessoal e o material do extinto Esquadrão de Reconhecimento.

    Em novembro 1944, o 7° Grupo Motomecanizado de Reconhecimento deslocou-se para o Rio de Janeiro e ocupou as instalações do antigo 1° Grupo de Artilharia de Dorso, no Campinho, sendo, em dezembro do mesmo ano, transformado em 1° Grupo Motomecanizado de Reconhecimento da Divisão Motomecanizada.

    Em 1946, foi trocada a sua denominação para 1° Grupo de Reconhecimento Mecanizado e passou a ser elemento integrante da recém criada Divisão Blindada, recebendo os carros de combate leves M3A1 de origem norte-americana.

    Em 1952, o 1° Grupo de Reconhecimento Mecanizado passou a se chamar Regimento de Reconhecimento Mecanizado, substituindo os seus veículos pelos carros de combate leve, M41 – Walker Bulldog, de origem norte-americana. Em 1960, passou a receber as viaturas blindadas de transporte pessoal, M-59. Vale à pena destacar que mais uma vez a Unidade foi comandada pelo então Cel Plínio Pitaluga, de 1964 a 1966.

    No ano de 1971, através da Portaria Reservada Nr 037, do Ministério do Exército, foi criado o 15° Regimento de Cavalaria Mecanizado. Com isso, os blindados M-41 foram substituídos pelas viaturas, EE9-Cascavel, e as viaturas M-59, foram substituídas pela EE11-Urutu, ambos de projeto e fabricação nacional.

    Em 2003, recebeu a denominação histórica de Regimento General Pitaluga, oficial exemplar que em duas ocasiões o comandou.

    Em 2005, inserido no Plano de Reestruturação do Exército, passou a ser chamado de 15° Regimento de Cavalaria Mecanizado (GLO) – Garantia da Lei e da Ordem – deixando suas instalações históricas no bairro de Campinho, passando a ocupar as instalações atuais, antiga sede do Regimento Floriano na Vila Militar.  

    No dia 03 de Abril de 2007, o Regimento foi transformado em 15° Regimento de Cavalaria Mecanizado – (Escola) e a sua subordinação, é transferida da 1ª Divisão de Exército para o Grupamento de Unidades Escola/9ª Brigada de Infantaria Motorizada.

    Nos últimos anos, a OM tem participado de inúmeras operações e missões com destaque para as seguintes: segurança dos Jogos Panamericanos 2007; jogos Mundiais Militares de 2011; quatro edições da Operação Arcanjo; Rio +20, em 2012; Operação Copa das Confederações e Jornada Mundial da Juventude, ambas em 2013; duas edições da Operação São Francisco; Operação Copa do Mundo, em 2014; envio de quatro contingentes para o Haiti; Jogos Olímpicos Rio 2016; Operação Capixaba e Operação de Garantia da Lei e da Ordem na cidade do Rio de Janeiro, ambos em 2017.

    No ano de 2018, o Regimento participou de Operações Militares no contexto da Intervenção Federal no Estado do Rio de Janeiro, além de apoiar a Polícia Militar do Estado com viaturas Urutu. Nesse mesmo ano, foram recebidas 09 viaturas Guarani equipadas com a torre Remax, além de 16 viaturas Lince. Vale frisar que o Regimento é a única OM do Exército Brasileiro que opera a viatura Lince, de origem italiana.

    Como pode ser observado ao longo de sua história, o 15° Regimento de Cavalaria Mecanizado – (Escola), berço da Cavalaria Mecanizada no Exército Brasileiro é uma tropa operacional e que sempre ostentou meios de emprego militar modernos e inerentes à arma ligeira, os quais lhe proporcionaram grande mobilidade, potência de fogo, proteção blindada e comunicações amplas e flexíveis.

    Dessa forma, o Regimento General Pitaluga, unidade com o maior poder de combate do Comando Militar do Leste, busca cultuar as tradições da Cavalaria, preservando os ensinamentos do seu patrono.[1]


1. MISSÃO DO 15º RC MEC (ES)


a. Participar de Operações Militares de Guerra e Não Guerra, contribuindo com a missão do GUES/ 9ª Bda Inf Mtz, em Op Ofensivas, Defensivas e de Cooperação e Coordenação com agências;

b. fortalecer a imagem do EB como Instituição preparada e comprometida com os interesses da Nação Brasileira; e

c. cooperar com Estabelecimentos de Ensino Militar.


4. VISÃO DE FUTURO


- Nosso Regimento será a Unidade de referência do CML, para o emprego em todo o espectro de operações de Guerra e Não Guerra; deverá buscar consolidar-se como OM de confiança dos escalões superiores para a atribuição de missões de complexos planejamento e execução; e os nossos integrantes deverão orgulhar-se de servir na Unidade.



HISTÓRIA DO GENERAL PLÍNIO PITALUGA

General Plínio Pitaluga Patrono do 15° Regimento de Cavalaria Mecanizado (Escola)

 


Plínio Pitaluga nasceu no dia 13 de janeiro de 1910 em Cuiabá, Mato Grosso. Iniciou sua brilhante carreira militar na Escola Militar de Realengo no ano de 1928 e foi declarado Aspirante-a-Oficial da arma de Cavalaria em 1934.

      Durante a campanha brasileira na Segunda Guerra Mundial, exerceu a função de Subcomandante do 1° Esquadrão de Reconhecimento Mecanizado. Em dezembro de 1944, ainda na Itália, foi promovido ao posto de capitão. Já no Brasil, foi instrutor da Escola de Comando Estado-Maior do Exército durante os anos de 1952 a 1954.

      No ano de 1961, assumiu o comando do 13° Regimento de Cavalaria, em Jaguarão (RS), onde foi promovido a Coronel.

    Sua história com o 15° Regimento de Cavalaria Mecanizado teve início em abril de 1964, quando assumiu o comando do Regimento de Reconhecimento Mecanizado – (R Rec Mec) e ficou à frente desta unidade até abril de 1966. Ao deixar o comando do R Rec Mec, foi servir no Gabinete do Ministro do Exército. Entre 1967 e 1969 deixou o país para exercer a função de Adido Militar na Argentina.

      Atingiu o generalato em 1968, quando foi promovido ao posto de General-de-Brigada. Neste posto, comandou a 4ª Divisão de Cavalaria, atual 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada-Brigada Guaicurus, sediada em Mato Grosso do Sul. Na reserva, exerceu durante muitos anos a presidência do Conselho Nacional da Associação dos Ex-Combatentes do Brasil.

      Faleceu no Rio de Janeiro, no dia 17 de dezembro de 2002, aos 92 anos. Em sua homenagem, o 15° Regimento de Cavalaria Mecanizado (Escola), passou a utilizar a denominação histórica de “Regimento General Pitaluga”.


Característica e origens do Estandarte


“Forma retangular, tipo bandeira universal, franjado de ouro. Campo de branco, cor representativa da Arma de Cavalaria. Em abismo, um escudo peninsular português, mantelado em ponta e filetado de ouro; primeiro campo de azul-celeste, retratando, por meio de escarpas de marrom e verde, com respingos de branco, característicos de neve, a região montanhosa de Montese, que também ostenta uma réplica estilizada da famosa Torre. Marco este característico ainda hoje lá existente do venerável local onde se travou a mais sangrenta batalha da campanha da FEB. Na qual, tomou parte, gloriosamente, o Esquadrão de Reconhecimento Mecanizado, valorosa tropa expedicionária sob o comando do então Cap Plínio Pitaluga, que seria, quando Coronel, Comandante do Regimento de Reconhecimento Mecanizado, Organização Militar antecessora do 15º R C Mec; segundo campo, de amarelo com um dos símbolos da FEB, “a cobra fumando”, nas suas cores características; terceiro campo, de branco, contendo, o símbolo da Arma de Cavalaria, encimado pelo elmo e a roda, representativos de tropa mecanizada, tudo de vermelho. Envolvendo o escudo, a denominação histórica “REGIMENTO GENERAL PITALUGA”, em arco e de ouro. Laço militar nas cores nacionais, tendo inscrita, em caracteres de ouro, a designação militar da OM.”

Referências

  1. [1] BRASIL. 15º Regimento de Cavalaria Mecanizado (Escola). Exército Brasileiro. Histórico do 15° Regimento de Cavalaria Mecanizada (Escola). 2022. Disponível em: http://www.15rcmec.eb.mil.br/o-historico. Acesso em: 04 out. 2022.